terça-feira, 22 de julho de 2014

VIGILÂNCIA SANITÁRIA dia a dia no Brasil II

O livro À Sua Saúde – A Vigilância Sanitária na História do Brasil de Eduardo Bueno , Editado pela ANVISA em 2005, em Resenha de 2006 o autor Carlos Tavares comenta: "Não temos apenas com a obra a história da vigilância sanitária e dos embriões de formação das ações de saúde pública e de barreiras sanitárias do Brasil, mas também uma parte da história antiga da Higiene, da Alimentação e da Medicina, desde as remotas invenções da inteligência egípcia, persa, helênica e romana para abater seus principais inimigos – os micróbios"
Esta  obra, que se apresenta de forma rica com  capa dura e gravuras fantásticas de  época,  ultrapassa os limites do conhecimento histórico da saúde  no Brasil, oferecendo uma leitura deliciosa com indiscutível veia  de literária. 
Considero uma das obras mais coerentes da historia da Vigilância Sanitária no Brasil, desde a Colonia até a ANVISA.

A Historia
A chegada em 1808 da Corte Portuguesa ao Brasil inicia o processo de intervenção publica sobre a saúde, atuando nos Portos visando o  controle sanitário dos produtos comercializados e consumidos na colonia; o combate às epidemias;as questões de  saneamento;a fiscalização do exercício das profissões de saúde .

De acordo com a ANVISA a instalação oficial da vigilância sanitária no Brasilocorreu em 28 de janeiro de 1808, quando D. João VI assinou em Salvador (BA), então capital brasileira, a carta régia que “abriu os portos às nações amigas”.
Em 1808 foi criada a Fisicatura -Mor para regular e fiscalizar as várias atividades relacionadas às artes de curar em Portugal e em  seus domínios. As cartas e licenças estudadas demonstraram que havia oficialmente uma  hierarquia entre as práticas de cura. Os curandeiros, assim como os sangradores e as parteiras,
faziam parte da classe dos terapeutas populares, os quais eram os menos valorizados do ponto
de vista daquela instituição. No entanto, a autora pode perceber que as práticas de cura
realizadas, em sua maioria, por escravos, forros e mulheres, eram reconhecidas como um
saber legítimo na medida em que licenças eram aprovadas para que pudessem exercer suas
atividades. Sendo assim, o objetivo da Fisicatura se limitava a ajustar tais práticas a relações
de dependência pessoal a medicina acadêmica (PIMENTA: 1998).

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