segunda-feira, 6 de junho de 2011

Anvisa recomenda a brasileiros em viagem que evitem consumo de vegetais cru

Os brasileiros em viagem à Alemanha devem evitar o consumo de vegetais cru, em especial pepinos, tomates e alfaces. A orientação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde e tem o objetivo de prevenir a contaminação pela bactéria E.Coli que já matou 18 pessoas na Europa, principalmente na Alemanha.

De acordo com a Anvisa, a contaminação é de uma cepa rara que é encontrada normalmente no intestino de humanos e de animais. Essa variação da bactéria pode causar doenças graves transmitidas por alimentos a partir da produção de uma toxina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu relatório informando um total de 1.823 casos de contaminação notificados na Europa desse tipo de E.Coli.

Em nota, a Anvisa declarou que “ as informações estão sendo acompanhadas em tempo real pelas autoridades brasileiras” e, até o momento, “não serão adotadas medidas restritivas”. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), O Brasil não importa dos países europeus nenhum dos três tipos de alimentos indicados como fontes mais prováveis de contaminação.

Os principais sintomas da contaminação são cólicas abdominais severas e diarreia, podendo evoluir para diarreia sanguinolenta, além de vômitos e febre. A maioria dos pacientes se recupera em dez dias, mas em pessoas mais vulneráveis a doença pode agravar-se levando à Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU),caracterizada por falência renal aguda e anemia.

Da Agência Brasil

Saiba a diferença entre medicamentos de referência, similares e genéricos

Quando um medicamento inovador é registrado no País, chamamos esse medicamento de “referência”. A eficácia, segurança e qualidade desses medicamentos são comprovados cientificamente, no momento do registro junto à Anvisa. Como os laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para desenvolvê-los, têm exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante o período de patente. “A patente pode durar entre 10 e 20 anos”, segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, que explicou hoje (6/6) como funcionam os medicamentos genéricos em entrevista ao programa Mais Você, da TV Globo.

Após a expiração da patente, abre-se a porta para a produção de medicamentos genéricos. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país. “São feitos testes em pacientes que tomam remédios de referência e genéricos, e é feito o exame de sangue dessas pessoas. Em seguida, analisamos se os efeitos deste remédio no organismo são os mesmos” ressaltou Barbano em resposta à pergunta feita pela apresentadora Ana Maria Braga.

O genérico é intercambiável com o medicamento de referência. A segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à Anvisa. Essa intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico responsável.

Na embalagem dos genéricos deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro de uma tarja amarela. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento. O preço do medicamento genérico é 35% menor pois os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência. Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing. Os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada.

Similares – Além dos medicamentos de referência e os genéricos, há a categoria dos medicamentos similares. De acordo com a definição legal, medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, mas pode diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.

Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência. Para o registro de ambos medicamentos, genérico e similar, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica. Desde sua criação, o medicamento genérico já tinha como obrigatoriedade a apresentação dos testes de bioequivalência, enquanto a obrigatoriedade de tais testes para medicamentos similares foi a partir de 2003. Até 2014 todos os medicamentos similares já terão a comprovação da biodisponibilidde relativa.



Imprensa/Anvisa