domingo, 12 de abril de 2015

CINEMA E SAÚDE


Uma  mulher de 50 anos é  diagnosticada com Alzheimer, em Para Sempre Alice, Julianne Moore. A Alice do título é uma professora de linguística em pleno vigor físico e profissional, o que torna ainda mais potente o drama que enfrentará. Seu apagar das luzes precoce e acelerado é mostrado didaticamente pelos diretores Richard Glatzer e Wash Westmoreland, dos pequenos lapsos de memória à perda do controle do corpo, do afastamento do marido (Alec Baldwin) à reaproximação da filha caçula (Kristen Stewart).
Não há como ficar insensível à terrível via-crúcis da personagem e à atuação de Julianne. Mas Para Sempre Alice ganharia a densidade adequada se os realizadores trilhassem um caminho menos linear e superficial. Como fez, diante do mesmo tema, a diretora Sarah Polley em Longe Dela (2006). Nesse belo filme, o mergulho na escuridão do esquecimento é carregado de delicadas nuanças tanto na representação de Julie Christie, também indicada ao Oscar, quanto na provação, igualmente avassaladora, encarada por aqueles que cercam a protagonista.
Para Sempre Alice (Still Alice). De Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Drama, EUA/França, 2014, 101min, 12 anos. Cotação: 3/5.( http://zh.clicrbs.com.br/rs)
Mais sobre a Doença : http://medicosdeportugal.sapo.pt/utentes/doencas_neurologicas/irei_sofrer_da_doenca_de_alzheimer_1

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